Assim que ele começou a tocar a plateia quedou-se em um profundo e respeitoso silêncio!
A maravilhosa melodia saída do piano no centro do palco inundava o todo teatro, das coxias ao balcão superior, todos os espaços naquele teatro ficaram plenos daquela música que inebriava os ouvintes!
Com dedos ágeis, o pianista percorria todas oitavas do teclado incitando as tensas cordas a produzir som que, de nota em nota, de acorde a acorde, resultava naquela música!
Todos na plateia mantinham os olhos fixos no pianista, nas suas mãos mágicas, como estivessem (e, de certa forma estavam) hipnotizados; nada mais viam, exceto as ágeis mãos em frenético movimento ao longo do caminho pavimentado de ébano e marfim!
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Tão hipnotizados estavam que sequer notaram os finos cordões presos aos dedos do pianista e, se acompanhassem o curso desses cordões, veriam quem os manipulava!
Realmente, uma música divina como aquela que preenchia a todos só poderia ser executada com a ajuda também divina!!!
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